Hipertensão Arterial

A hipertensão arterial sistêmica (HAS) ou pressão alta é uma condição clínica multifatorial caracterizada por níveis elevados e sustentados da pressão arterial (PA). Considerando-se valores de PA > ou igual a 140/90mmHg. Todas as pessoas apresentam variações dos valores da pressão ao longo do dia, porém, quando os níveis permanecem elevados, podemos estar diante de um hipertenso.

A prevalência de HAS em idosos está acima 50%, sendo maior nos homens que nas mulheres. Na maioria dos casos, a causa é hereditária, mas muitos são os fatores que exercem influência sobre os níveis de pressão arterial e podem causar a hipertensão. Os principais são: tabagismo, etilismo, obesidade, estresse, elevado consumo de sal e sedentarismo.

Habitualmente a hipertensão é assintomática, sendo considerada um mal silencioso. Quando sintomática, há dor torácica, dor de cabeça, tontura, zumbido, sangramento nasal e visão turva.

A boa notícia é que se tratada de forma adequada e precocemente, a grande maioria das complicações causadas pela hipertensão pode ser evitada. As principais são o acidente vascular cerebral, também conhecido como derrame ou AVC, o infarto do coração e a insuficiência renal. Para isso, é preciso que as pessoas criem o hábito de verificar com regularidade sua pressão arterial, e que tenham seguimento médico.

Atualmente, existem medicamentos muito eficientes para o controle desta doença. Porém, mudar hábitos de vida, comer de forma correta, perder peso, praticar atividades físicas e deixar o tabagismo são medidas igualmente importante.


Diabetes

O Diabetes Mellitus é uma doença altamente prevalente (10% da população adulta) e se caracteriza por alterações no metabolismo da glicose, levando ao excesso de glicose no sangue (hiperglicemia). É um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, que são aa causas mais comuns de morte em diabéticos.

Há dois tipos de Diabetes, o 1 e o 2. O tipo 1 se caracteriza pela perda de capacidade na produção de insulina, motivada pela presença de anticorpos contra as células do pâncreas. O tipo 2 é o mais comum, cerca de 90% dos casos, estando presente a produção de insulina pelo pâncreas e, algumas vezes até em excesso (hiperinsulinismo), porém essa insulina não consegue fazer sua função pois o organismo oferece resistência à sua ação.

Para se prevenir e para controlar a doença, podemos atuar principalmente no excesso de peso, no sedentarismo e nos hábitos alimentares pouco saudáveis. Sabemos também que há um importante papel da história familiar e da idade, porém estes fatores não são modificáveis.

Diante disso, passe por uma avaliação para melhorar hábitos alimentares, perder peso, manter-se fisicamente ativo e usar medicamentos, caso necessário, de acordo com seu perfil.


Dislipidemia

A preocupação com níveis das gorduras no sangue (colesterol e triglicérides) é uma das queixas mais comuns no consultório de um cardiologista, pois é sabido que a elevação dos níveis do colesterol no sangue é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares o infarto e o acidente vascular cerebral ou AVC.

Habitualmente, a dislipidemia acomete os adultos que não praticam exercícios e comem de maneira inadequada, mas a herança genética também tem papel importante. Além disso, costuma não gerar sintomas, exceto em casos avançados. Dentre os tipos de colesterol, o LDL (colesterol ruim) recebe destaque, pois está mais envolvido no desenvolvimento das doenças cardiovasculares.

Cada indivíduo tem sua meta ou níveis ideais de colesterol a depender do seu risco cardiovascular. Nesse contexto, é fundamental estratificar seu risco e para receber o melhor tratamento.


Obesidade

Nosso corpo é programado para estocar energia pois, no passado, os alimentos não estavam disponíveis o tempo todo. Dessa forma, as pessoas que conseguiram estocar mais energia tiveram uma vantagem evolutiva e viveram mais. Contudo, atualmente não há falta de alimentos, há uma inadequação alimentar associada ao sedentarismo, gerando ganhos excessivos de gordura e de peso.

 

A obesidade é um problema de saúde pública, não só no Brasil, mas em todo o mundo, uma vez que diversas doenças estão intimamente relacionadas ao excesso de peso: diabetes do tipo 2, hipertensão, dislipidemia (alteração do colesterol), infarto do coração, acidente vascular cerebral (AVC) e apneia do sono, além de problemas em ossos e ossos.

Infelizmente o tratamento com medicamentos não é uma solução para a maioria dos casos, tampouco a cirurgia bariátrica, portanto todos nós precisamos aprender desde muito cedo a fazer escolhas alimentares adequadas e a colocar a atividade física como uma meta diária

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