Check-up Cardiológico
É baseado em uma consulta médica completa com anamnese e exame clínico detalhado e posterior exames complementares de acordo com cada indivíduo. Determina o estado geral de saúde, bem como possibilita tanto a prevenção quanto a detecção precoce de doenças.
Sabe-se que muitas doenças têm um comportamento silencioso, ou seja, o indivíduo possui um problema de saúde e não tem conhecimento disso (por exemplo: hipertensão arterial, diabetes mellitus, colesterol elevado, hipotireoidismo e anemia, dentre outras). Nesses casos, é só através de uma avaliação clínica e de realização de exames complementares que o problema pode ser diagnosticado.
O check-up é indicado para todos os indivíduos e a periodicidade aconselhada é anual.
Não se esqueça de realizar seu check-up regularmente.
Doenças Coronariana e Infarto do Miocárdio
Quando uma placa de colesterol se desenvolve dentro de uma das artérias do coração (coronárias) dizemos que o paciente é portador de Doença Aterosclerótica Coronariana (DAC). Muitos são os fatores que contribuem para o desenvolvimento da DAC: idade, diabetes, tabagismo, hipertensão, aumento de colesterol, sedentarismo e obesidade são os principais, mas há outros.
A Doença Aterosclerótica Coronariana (DAC) nem sempre causa sintomas e é umas das principais causas de morte em todo o mundo, por isso são tão importantes os exames preventivos. Quando sintomática, a angina é o mais comum, ou seja, dor no peito, em aperto, acompanhado ou não de outros sintomas como falta de ar, sudorese fria, palidez, náuseas e irradiação da dor para braços, dorso, mandíbula ou pescoço, sendo desencadeada aos esforços físicos e melhorada ao repouso.
Quase sempre o infarto do coração é consequência da instabilidade dessas placas de colesterol previamente presentes nas coronárias. Uma placa que estava estável se rompe repentinamente, dando início a uma cascata de eventos, mediados principalmente pelas plaquetas, que levam a formação de um trombo, oclusão da artéria e a interrupção do fluxo de sangue. Consequentemente, as células miocárdicas ficam sem oxigênio e morrem.
O tratamento da doença aterosclerótica coronariana começa pela prevenção. Para isto, o controle rigoroso dos fatores de risco é fundamental. Cessar tabagismo, manter níveis de colesterol, glicose e de pressão arterial dentro dos limites, alimentar-se com qualidade e iniciar um programa de atividades físicas são alguns dos pontos principais. Além disso, quando necessário, as placas podem ser tratadas com intervenção percutânea (via cateterismo cardíaco) com colocação de Stent – dispositivos expansivos que se abrem dentro das artérias para restaurar o fluxo de sangue. Eventualmente, cirurgia de revascularização é necessária, geralmente com pontes de artérias mamárias ou de veias safenas.
Insuficiência Cardíaca
Caracteriza-se a insuficiência cardíaca quando ocorre uma diminuição da capacidade do coração de bombear o sangue, deixando de suprir as necessidades do organismo. Embora seja mais frequente em idosos, pode ocorrer em qualquer idade. Pode aparecer também repentinamente, mas o mais comum é o coração perder aos poucos a função.
Arritmias
As arritmias cardíacas são um conjunto de distúrbios no sistema elétrico do coração. Para que o coração bata de maneira coordenada e efetiva, impulsos elétricos são gerados e conduzidos por feixes e fibras, despolarizando as células musculares cardíacas e ativando a sua contração. Uma arritmia pode acontecer quando esses estímulos elétricos surgem de maneira ou de locais inadequados. Podem decorrer, também, quando esse estímulo é transmitido por feixes anômalos ou quando não consegue percorrer seu percurso, ficando bloqueado.
A alteração no ritmo dos batimentos cardíacos pode ser causada por diversos fatores como ansiedade, estresse, anemia, exercícios físicos, medicamentos para emagrecer, consumo de bebidas com cafeína, fumo, hipertensão, febre, intoxicações, disfunção da glândula tireoide, doença de valvas cardíacas, baixo nível de oxigênio no sangue, síndrome do pânico, miocardite, pericardite, distúrbios hidroeletrolíticos, cardiopatias estruturais e isquemia do miocárdio.
Os sintomas mais reportados são palpitações, descompasso ou aceleração dos batimentos, falha no coração, tontura, sensação de desmaio ou até mesmo desmaio (chamamos de síncope), desconforto no peito, fraqueza, cansaço e oscilações da pressão arterial.
Em alguns tipos, como na fibrilação atrial, há o risco aumentado de formação de trombos, embolias e acidentes vasculares cerebrais (AVC). Outros tipos, como taquicardias ventriculares, são capazes de culminar em morte.
O tratamento depende do tipo de arritmia e é variado, podendo ser feito através de medicamentos antiarrítmicos, anticoagulação, cardioversão, revascularização, ablação por radiofrequência de estruturas anômalas, implante de marcapasso ou até de cardiodesfibrilador implantável (CDI).
Insuficiência Cardíaca
Caracteriza-se a insuficiência cardíaca quando ocorre uma diminuição da capacidade do coração de bombear o sangue, deixando de suprir as necessidades do organismo. Embora seja mais frequente em idosos, pode ocorrer em qualquer idade. Pode aparecer também repentinamente, mas o mais comum é o coração perder aos poucos a função.
Estenose Valvar
As estenoses são doenças caracterizadas pela dificuldade da válvula em abrir. Elas estão endurecidas e sua abertura não acontece adequadamente, prejudicando o esvaziamento e aumentando a pressão na cavidade que antecede a valva estenosada.
A estenose Mitral é uma doença bastante comum. Sua principal causa é a febre reumática e o tratamento depende da gravidade e é cirúrgico quando importante.
Já a estenose Aórtica é uma doença que acomete na grande maioria das vezes os idosos. A principal etiologia é o próprio envelhecimento, que leva à calcificação de suas estruturas. O tratamento depende da gravidade e é cirúrgico quando importante.
Insuficiência Valvar
As insuficiências são causadas pela perda da capacidade da valva se fechar adequadamente. Sem esse fechamento, o sangue reflui para a cavidade anterior, prejudicando o esvaziamento e aumentando a pressão na cavidade que antecede a valva insuficiente.
A insuficiência Mitral pode ser causada por diversas doenças. O prolapso, muito prevalente na população, é a principal causa das insuficiências mitrais e podem ser responsáveis por até metade dos casos. A isquemia do coração, a dilatação das cavidades e a febre reumática também são causas comuns. O tratamento depende da gravidade e é cirúrgico quando importante.
A insuficiência Aórtica também é uma doença de muitas etiologias. Infecções, como endocardites, doenças congênitas, reumáticas e estruturais são causas comuns.